O que significa cultura maker?
A palavra “maker” vem do verbo em inglês “make”, que significa “fazer”. A Cultura Maker é uma forma de incentivar a pessoa a fazer, ela mesma, aquilo que precisa.
No ambiente escolar, além dos benefícios de sustentabilidade e economia, a Cultura Maker é uma grande aliada da equipe pedagógica no desenvolvimento de metodologias ativas que atendam as novas diretrizes da BNCC ao potencializar a criatividade, o espírito crítico, a capacidade de argumentar, a autonomia e a colaboratividade, proporcionando um aprendizado inovador. Esse movimento melhora o ensino e ajuda a formar estudantes realmente preparados para o futuro.
Como aplicá-la na prática docente
Apesar da tecnologia está muito presente no dia a dia escolar, a Cultura Maker não precisa estar, necessariamente, vinculada à recursos digitais. Também não requer grandes investimentos financeiros, mas demanda engajamento, encanto, criatividade e, sobretudo, observação, permitindo que encontremos no que temos, as soluções para criarmos o que não temos.
As possibilidades de integrar a Cultura Maker à gestão pedagógica são muitas. Abaixo, separamos algumas ideias para te inspirar a desenvolver novas metodologia ativas.
Criar uma horta
Sabe aquele cantinho no fundo da escola que fica esquecido? Que tal transformá-lo em uma horta e ensinar as crianças como adubar a terra, plantar e cuidar das hortaliças? Enquanto elas trabalham na horta, você pode associar o momento ao aprendizado de conteúdos como biologia e geografia. O mais interessante é que tudo que for colhido poderá ser usado na merenda dos alunos. Isso, certamente, fará com que se sintam ainda mais envolvidos e orgulhosos da atividade.
Culinária com a família
Uma ideia de metodologia ativa interessante que, inclusive, é muito utilizada nas escolas parceiras que implementam a GIDE.
Propõe a interação do aluno com a família e possibilita aos professores abordarem diversos conteúdos durante a preparação de uma receita. Fazer um bolo, por exemplo, é uma oportunidade de trabalhar os gêneros textuais reforçando a leitura e escrita. Além disso, também é possível abordar:
- As reações químicas;
- A origem dos produtos;
- Diferença entre fermento químico e biológico;
- Numerais;
- Frações e medidas, dentre outros.
Criação de jogos pedagógicos
Outra iniciativa de muito sucesso em nossas escolas parceiras. Os alunos adoram porque além deles próprios confeccionarem os jogos, ainda podem se divertir jogando enquanto aprendem. No jogo da memória, por exemplo, você pode inserir o conteúdo que está sendo trabalhando em sua disciplina para reforçar o aprendizado por meio da brincadeira.
Reaproveitamento do lixo e sucata
O artesanato também é considerado atividade maker. Além de muito prazerosa, é mais uma forma de despertar a consciência ambiental e abordar a sustentabilidade.
A escola pode criar um ateliê de desenvolvimento artístico, customizando roupas, acessórios e utensílios domésticos com materiais recicláveis. Outra ideia é a criação de produtos ecológicos. O óleo de cozinha usado, por exemplo, pode virar sabão.
Por meio da Cultura Maker, os professores têm infinitas possibilidades de instigar as chamadas competências do século XXI em seus alunos.