Por Eduardo Martins de Carvalho
Consultor Educacional na Fundação de Desenvolvimento Gerencial – FDG
Ao que tudo indica, estamos prestes a sair do período pandêmico provocado pela COVID-19. Foram praticamente dois anos vivenciando uma crise sanitária sem precedentes no Brasil e, como um efeito cascata, contemplamos também outras crises: econômica, política e social.
Na área da educação também não foi diferente. A pandemia afetou diretamente o processo de ensino e aprendizagem e consequentemente, os estudantes foram prejudicados. Houve uma mobilização muito grande por parte dos educadores nesse período para que esse prejuízo fosse o mínimo possível. Muitos desses profissionais buscaram conhecer outros meios de acesso aos estudantes, ferramentas para manter o estudante ativo no cenário remoto e aplicações de metodologias ativas com o propósito de fomentar o protagonismo estudantil no distanciamento social. Essas iniciativas foram de grande valia para manter ativa a aprendizagem dos estudantes.
Mesmo com todo o esforço dos educadores, no retorno presencial, pode-se perceber algumas lacunas que o ensino remoto trouxe. A aprendizagem não foi completa e existe um caminho a se percorrer para trabalhar essa defasagem da aprendizagem.
O desafio proposto agora é o de trabalhar os conteúdos inerentes ao momento escolar do estudante em paralelo com a recuperação daquilo que não foi consolidado. Diante desse cenário, surgem dúvidas, como: será que é o momento de trabalharmos com soluções gerenciais? Não podemos agora nos preocupar, “gastar tempo” com metodologia da gestão, pois devemos focar os esforços da equipe para trabalhar as defasagens.
Mas quero aqui responder a essas ponderações com a afirmação de que não há momento melhor para se trabalhar uma gestão eficiente. Sim, o cenário é desafiador e por isso é preciso enfrentar esse desafio com ferramentas adequadas que a gestão proporciona. É hora de realizar um diagnóstico profundo, entendendo de fato quais são as habilidades não consolidadas que contribuem diretamente para um resultado insatisfatório. Esse diagnóstico direciona os esforços da equipe para atacar as causas desses resultados de forma focada e pontual.
Ações específicas, inovadoras podem ser proposta dentro de uma gestão eficiente para bloquear estas causas e reverter os resultados em busca de metas de aprendizagem cada vez melhores. Estruturar esse trabalho, organizar esse processo é exatamente o que uma gestão eficiente propõe. E não há duvidas, com um processo estruturado e organizado, os resultados positivos certamente virão.
A mensagem é para você, Educador. Existe algo para te apoiar e direcionar nesse momento e esse algo chama-se GESTÃO.