Segundo dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grande parte dos nossos alunos entra no 1º ano do ensino médio com o conhecimento equiparado ao que estudantes de outros países aprendem no 5º ou 6º ano do ensino fundamental.
A comparação parece até absurda, mas os índices dos últimos resultados divulgados pelo PISA, de 2018, constatam a baixa qualidade da educação brasileira nesse ciclo. O Brasil ficou abaixo da média nas três áreas avaliadas em 78 países. Em leitura, atingiu 413 pontos (a média foi de 487). Em ciências, alcançou 404 pontos (média de 489). Já em matemática, o resultado foi ainda pior, nossos estudantes alcançaram 384 pontos (média de 489).
Para a especialista Ilona Becskeházy, mestre e doutora em política educacional, os estudantes chegam à última etapa do ensino básico imaturos intelectualmente e despreparados para compreender os conteúdos. Muitos, inclusive, acabam abandonando a escola pela dificuldade de aprendizagem.
A reforma do ensino médio visa a evitar a evasão escolar com os itinerários formativos de preparação para a universidade e ensino técnico, assim como solucionar outras lacunas existentes. Entretanto, não podemos ignorar que os resultados ruins são consequências de uma educação básica pública que requer melhorias em toda a sua trajetória, começando pelo ensino infantil. Promover uma educação de melhor qualidade a todos os nossos estudantes é a questão-chave e deve ser a prioridade do nosso País.
Fonte: Gazeta do Povo
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